BARULHO? EIS A QUESTÃO!
- julidemarchi84
- 13 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de jul. de 2021

Salto alto e móveis se arrastando no andar de cima, ruído de máquinas, música alta, pets ou crianças chorando são alguns dos desafios da convivência em condomínio quando o assunto é barulho. Trata-se de um tema bastante delicado, uma vez que o rigor às normas do edifício precisa ser obedecido, mas, ao mesmo tempo, uma fase inédita de confinamento pela qual passamos pede uma boa dose de bom senso e compreensão coletivos. Com a quarentena resultante da atual pandemia, muitos de nós levamos o ambiente de trabalho e de escola para casa. Os espaços se misturaram e as necessidades, das mais diversas, marcaram encontro em um só lugar: os apartamentos. Sons que nem mesmo existiam agora são notados com facilidade. O home office divide parede com as aulas das crianças e com a furadeira do vizinho em obra para adequar o novo ambiente. Então, como promover uma boa convivência nesse espaço múltiplo e diverso, que é o condomínio, e assim garantir um local adequado para todos? Logo pensamos em recorrer à força da lei e essa é uma opção quando os problemas se agravam. O artigo 1.336 § 2º do Código Civil, por exemplo, prevê multa de até cinco vezes o valor mensal do condomínio para o morador que perturbar o sossego do local. O valor para esse tipo de infração pode ser definido em Assembleia Geral ou estar pré-determinado em Regimento Interno. No documento é possível estabelecer as regras de dias e horários permitidos para execução de serviços, cuidados com animais e limites para som e festas. Na grande maioria dos casos, porém, algumas advertências por parte do síndico ou o velho e bom diálogo entre vizinhos já pode ser suficiente para evitar mal entendidos e medidas mais drásticas. A diplomacia, o saber comunicar com clareza, franqueza e respeito o que incomoda e o porquê nunca saem de moda e podem apaziguar e prevenir muitos conflitos. Afinal, a grande maioria dos moradores deseja um ambiente tranquilo e harmonioso para exercer suas atividades, e não raro, ao se aperceber de algum prejuízo ao espaço coletivo, se adapta prontamente. Então, comunique-se.
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